sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Monólogo das Mãos

Para que servem as mãos?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever......
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena;
foi com as mãos que Jesus amparou Madalena;
com as mãos David agitou a funda que matou Golias;
as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência;
os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.
A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda; o operário construir e o burguês destruir; o bom amparar e o justo punir; o amante acariciar e o ladrão roubar; o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba! Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia! As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor. Os olhos dos cegos são as mãos. As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes; no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida; a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem. Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta,acariciando, mostra a bondade; fechada e levantada mostra a força e o poder; empunha a espada a pena e a cruz! Modela os mármores e os bronzes; da cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza. Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza; doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.
O noivo para casar-se pede a mão de sua amada; Jesus abençoava com a s mãos; as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar. Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias. E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino. E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Metade

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

as mulheres...

Que mulher nunca comeu uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou o pé no sapato para caber,
A barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Que "dele" não lembra nem o nome?
Só as mulheres para entenderem o significado deste poema!

Estamos em uma época em que: "homem dando sopa,é apenas um homem distribuindo alimento aos pobres.'' "Pior do que nunca achar o homem certo é viver pra sempre com o homem errado.'' "Mais vale um cara feio com você do que dois lindos se beijando.'' "Se todo homem é igual, porque a gente escolhe tanto???'' "Príncipe encantado que nada... Bom mesmo é o lobo-mau!!Que te ouve melhor...Que te vê melhor...E ainda te come!!!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A sagitariana

As mulheres sagitarianas
São abnegadas e bacanas
Mas não lhe venham com grossuras
Nem injustiças ou censuras
Porque ela custa mas se esquenta
E pode ser muito violenta.
Aí, o homem que se cuide...
- Também, quem gosta de censura!

Vinicius de Morais

quarta-feira, 18 de junho de 2008

mais um dia que já está terminando...

Hoje eu acordei com uma vontade louca de fugir de casa, e de andar por aí seu rumo, sem destino... era uma vontade tão grande de viver intensamente a vida, de não deixar nem um segundo dela passar sem ser muito bem aproveitado... de agir somente pelo impulso, de correr riscos, de ir até o limite. E depois, quando eu estivesse enjoada, de saco cheio de tudo, recomeçar. Mas aí, eu cheguei até a cozinha e vi minha mãe preparando com muito carinho o meu almoço, pensei na vida que eu tenho, na minha família, que mais parece um hospício, nos sonhos ainda não concretizados, nos melhores amigos, que pra mim são os melhores do mundo, no amor pela pessoa que está ao meu lado sempre... e então aquela vontade de fugir ficou pra trás, junto com os meus sonhos mais promíscuos, com todos os meus desejos mais perversos e com os meus momentos de insanidade... voltei pra realidade e percebi que tudo o que eu preciso está aqui mesmo e que se eu não tivesse esta vida, eu não teria vida alguma...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A Suposta Existência

Como é o lugar quando ninguém passa por ele?
Existem as coisas sem ser vistas?
O interior do apartamento desabitado?
A pinça esquecida na gaveta?
Os eucaliptos à noite no caminho três vezes deserto?
A formiga sob a terra no domingo?
Os mortos, um minuto depois de sepultados?
E nós, sozinhos no quarto sem espelho?

Carlos Drummond de Andrade.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Libelo

De que mais precisa um homem senão de um pedaço de mar - e um barco com o nome da amiga, e uma linha e um anzol pra pescar? E enquanto pescando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de suas mãos, uma pro caniço, outra pro queixo, que é para ele poder se perder no infinito, e uma garrafa de cachaça pra puxar tristeza, e um pouco de pensamento pra pensar até se perder no infinito...
De que mais precisa um homem senão de um pedaço de terra -um pedaço bem verde de terra - e uma casa, não grande, branquinha, com uma horta e um modesto pomar; e um jardim - que um jardim é importante - carregado de florde cheirar? E enquanto morando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de suas mãos para mexer a terra e arranhar uns acordes de violão quando anoite se faz de luar, e uma garrafa de uísque pra puxar mistério, que casa sem mistério não vale morar...
De que mais precisa um homem senão de um amigo pra ele gostar, um amigo bemseco, bem simples, desses que nem precisa falar - basta olhar - umdesses que desmereça um pouco da amizade, de um amigo pra paz e pra briga, um amigo de paz e de bar? E enquanto passando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de suas mãos para apertar as mãos do amigo depois das ausências, e prabater nas costas do amigo, e pra discutir com o amigo e pra servir bebida à vontade ao amigo?
De que mais precisa um homem senão de uma mulher pra ele amar, uma mulher com dois seios e um ventre, e uma certa expressão singular ? E enquanto pensando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de um carinho de mulher quando a tristeza o derruba, ou o destino o carrega em sua onda sem rumo ? Sim, de que mais precisa um homem senão de suas mãos e da mulher - as únicas coisas livres que lhe restam para lutar pelo mar, pela terra, pelo amigo ...

Vinicius de Morais

quarta-feira, 14 de maio de 2008

vou me apropriar do texto dos outros mais uma vez!!!

O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o quê, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço.”

Ítalo Calvino

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ausência

A sua ausência é o que me cala a boca,
é o que me entristece,
é o que me faz sentir incompleto.

A sua ausência é o que dói mais em mim,
é o que dilacera minha alma,
e o que causa marcas em meu corpo.

O que é a vida senão ausências e presenças,
idas e vindas,
partidas e chegadas.

O que é a vida senão aprender a viver com a ausência de quem se ama, ou com a presença de quem se despreza,
O que é a vida senão aprender.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

por Valéria Fagundes (a flor do sertão)

Minha Terra por ventura
mereçe tal descrição
Lá a vida é menos dura
qualquer um lhe estende a mão.

O céu é menos cinzento
Lá não tem poluição
só existe um argumento
Que me parte o coração.

Ver o povo madrugar
E seguir para o roçado
Mais se a chuva não chegar
Perde o que se foi plantado.

Eu agora exilada
só me resta descrever
Aqui não encontro nada
Que me motive a viver
Mas falar da minha Terra
Ah! isso me dá prazer.

E mesmo aqui tão distante
Tenho algo a pedir
Quero agora, neste instante
voltar para Manari
pois eu não quero morrer
Sem de lá me despedir.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Oração a São Jorge

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
São Jorge Rogai por Nós.

terça-feira, 22 de abril de 2008

um pouco de mim

Por algum tempo eu tive medo...
medo de não ser igual,
medo de errar,
medo de decepcionar,
E depois de tanto me magoar cheguei a conclusão de que nada pode fazer mudar o que eu realmente sou.
Hoje eu já não me importo mais com o que as pessoas irão pensar, mesmo que estas pessoas sejam as únicas que realmente importam pra mim!
Acho que vou chegar ao fim da vida sem conhecer todas as verdades sobre ela, mas se eu pensar bem, eu vivo a minha vida intensamente, e é o que realmente vale a pena.
Amo desesperadamente tudo o que eu faço, tudo o que eu sou e tudo o que eu tenho, já conheci lugares lindos, aprendo sobre tudo o que quero, não dou a mínima importância para quase nada que o dinheiro pode comprar e questiono tudo o que me parece ser passível de questionamentos, ainda que a maioria das vezes eu seja incompreendida.
O ser humano é escravo de si mesmo, de suas ambições e dos seus sonhos. Não serei apenas mais uma entre a multidão! Pois não consigo ser o que eu não sou, não consigo querer mais do que eu tenho.
O que me resta é a esperança de que um dia as pessoas serão livres, pois saberão dar valor ao que é verdadeiramente importante. Elas se libertarão de tudo o que escraviza e oprime, então poderão viver em paz!!!

terça-feira, 15 de abril de 2008

pensemos na morte sem tristeza

Em uma carta do filósofo Sêneca ao amigo Lucílio, encontramos algumas reflexoes importantes: Diz ele: “Deixemos de desejar o que sempre desejamos. É isso realmente o que faço: já velho abandonei os meus desejos de menino.Só para isso passo os dias, as noites; para isso trabalho e penso: pôr um fim aos antigos males.Nisso me ocupo, para que o dia possa equivaler a toda a vida.Naturalmente não o arrebato como se fosse o último, mas o considero como se pudesse ser mesmo o derradeiro.
Escrevo-te esta carta com tal disposição de alma, como se a morte me houvesse de chamar: principalmente quando estivesse escrevendo.Estou preparado para partir e, por isso, aproveitarei a vida, porque em nada me inquieta sua duração.Antes da velhice cuidei de viver bem, na velhice trato de morrer bem; ora, bem morrer equivale a morrer de bom grado.Esforça-te por nada fazeres a contragosto. Tudo o que será necessidade a quem repugna, não o será para quem quer.
Digo o seguinte: Quem recebe as ordens de bom grado, evita a parte mais penosa da escravidão, ou seja, fazer o que não quer.É infeliz, não aquele que, mandado, executa uma tarefa, mas quem a faz forçado.Por isso, de tal modo nos disponhamos espiritualmente que desejemos o que as circunstâncias exigirem e, de modo especial, pensemos no nosso fim sem tristeza.
Devemo-nos preparar mais para a morte do que para a vida. Esta é suficientemente fecunda; mas somos ávidos dos meios para viver; e algo sempre nos parece faltar.Não são os anos nem os dias que fazem com que vivamos bastante, mas a disposição espiritual.” Enfim, o velho Sêneca termina a carta dizendo: “Caro Lucílio, eu vivi quanto era suficiente, agora satisfeito espero a morte. Adeus.”
Quantos de nós poderíamos partir com esta certeza no coração: a de ter vivido o quanto era suficiente.Vivido o suficiente não em tempo, em dias, em anos, como ele mesmo afirma, mas o bastante em disposição espiritual.Quantos de nós temos essa consciência: de que aproveitar bem a vida é ter se dedicado a pôr fim nos antigos males? Quantos? Aguardar a morte sem medo, sem incertezas e inseguranças no íntimo, só consegue quem tem a consciência tranqüila, a consciência de quem se esforçou para se melhorar nesta vida.Pensemos no nosso fim sem tristeza.Pensemos num fim que é apenas conclusão de uma etapa, de uma fase. Recomeço. Ou se preferir, continuidade.Pensemos no nosso fim sem tristeza. Coroado com sorrisos de “até breve” e com lágrimas de “muito amei”.Pensemos na brevidade da existência e na longevidade da vida, que não pára, que não finda, que não se apaga nunca.Pensemos no nosso fim sem tristeza. Pensemos no nosso fim como um novo começo, certo e seguro.

quinta-feira, 27 de março de 2008

vou chorar sempre, mas vai ser de saudade!!!

Acho q se minha irmã pudesse me dizer algo agora, me diria isto:

Sє єυ мσяяєя αитєѕ ∂є νσ¢ê, fαçα-мє υм fανσя: ¢нσяє σ qυαитσ qυιѕєя,мαѕ иãσ вяιgυє ¢σм ∂єυѕ ρσя єℓє нανєя мє ℓєνα∂σ. ѕє иãσ qυιѕєя ¢нσяαя,иãσ ¢нσяє. ѕє иãσ ¢σиѕєgυιя ¢нσяαя,иãσ ѕє ρяєσ¢υρє. ѕє тινєя νσитα∂є ∂є яιя,яια. ѕє αℓgυиѕ αмιgσѕ ¢σитαяєм αℓgυм fαтσ α мєυ яєѕρєιтσ,єѕqυєçα є α¢яєѕ¢єитє ѕυα νєяѕãσ. ѕє мє єℓσgιαяєм ∂ємαιѕ,¢σяяιנα σ єχαgєяσ. ѕє мє ¢яιтι¢αяєм ∂ємαιѕ,∂єfєи∂α-мє. (...) є ѕє тινєя νσитα∂є ∂є єѕ¢яєνєя αℓgυмα ¢σιѕα ѕσвяє мιм, ∂ιgα αρєиαѕ υмα fяαѕє: "fσι мєυ αмιgσ, α¢яє∂ιтσυ єм мιм є мє qυιѕ мαιѕ ρєятσ ∂є ∂єυѕ!" αí, єитãσ ∂єяяαмє υмα ℓágяιмα. єυ иãσ єѕтαяєι ρяєѕєитє ραяα єиχυgá-ℓα, мαѕ иãσ fαz мαℓ. συтяσѕ αмιgσѕ fαяãσ ιѕѕσ иσ мєυ ℓυgαя. (...) αмιzα∂є ѕó fαz ѕєитι∂σ ѕє тяαz σ ¢éυ ραяα мαιѕ ρєятσ ∂є иσѕ, є ѕє ιиαυgυяα αqυι мєѕмσ σ ѕєυ ¢σмєçσ. мαѕ, ѕє єυ мσяяєя αитєѕ ∂є νσ¢ê, α¢нσ qυє иãσ νσυ єѕтяαинαя σ ¢éυ... ѕєя ѕєυ αмιgσ... נá é υм ρє∂αçσ ∂єℓє. qυєяσ q ν¢ ρєиѕє ѕємρяє єм мιм!!!!!!!!

Vc é meu anjo!!!

domingo, 16 de março de 2008

para uma pessoa mt especial!!!

Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos traduzidos em palavras
Pra que você possa entender
O que eu também não entendo
Amar não é ter que ter sempre certeza
É aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém
É poder ser você mesmo e não precisar fingir
É tentar esquecer e não conseguir fugir, fugir
Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém é por você que fecho os
olhos
Sei que nunca fui perfeito mas com você eu posso ser
Até eu mesmo que você vai entender
Posso brincar de descobrir desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você eu tô tranquilo, tranquilo
Agora o que vamos fazer, eu também não sei
Afinal, será que amar é mesmo tudo?
Se isso não é amor, o que mais pode ser?
Estou aprendendo também

EU AMO VOCÊ D+ !!!

sexta-feira, 14 de março de 2008

perfect music!!!

So,
So you think you can tell
Heaven from Hell,
Blue skies from pain
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
Did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold confort for change?
Did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?
How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here

quinta-feira, 13 de março de 2008

apenas um desabafo...

Ao ler o jornal, me deparei com duas notícias muito tristes. A primeira era sobre uma discussão no trânsito que acabou terminando com a morte de um rapaz. A segunda notícia também era sobre um discussão entre um frentista e um motorista, não houve mortes, no entanto, os dois se encontram em estado gravíssimo no hospital.
Há alguns minutos atrás, li um trecho do livro do geógrafo Milton Santos, Por uma outra globalização, que fala sobre o individualismo característico de nosso tempo. Individualismos na vida econômica, individualismos na ordem política, na ordem territorial, e também, na ordem social e individual. O texto prossegue falando sobre o nova lei do valor, que é uma lei ideológica do valor, é uma filha dileta da competitividade e acaba por ser responsável também pelo abandono da noção e do fato da solidariedade. Daí as fragmentações resultante, daí a ampliação do desemprego, do abandono da educação, do desapreço à saúde e das novas formas perversas da sociabilidade.
Devemos pelo menos refletir sobre estas questões... precisamos encontrar uma nova forma de viver, mais respeitosa com o ser humano e com o planeta.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Os teus pés

Quando não posso contemplar teu rosto,
contemplo os teus pés.

Teus pés de osso arqueado,
teus pequenos pés duros.

Eu sei que te sustentam
e que teu doce peso
sobre eles se ergue.

Tua cintura e teus seios,
a duplicada púrpura
dos teus mamilos,
a caixa dos teus olhos
que há pouco levantaram vôo,
a larga boca de fruta,
tua rubra cabeleira,
pequena torre minha.

Mas se amo os teus pés
é só porque andaram
sobre a terra e sobre
o vento e sobre a água,
até me encontrarem.

Pablo Neruda